domingo, 16 de maio de 2010

Black Drawing Chalcks emociona o público na Virada SP

Um resumo do que foi as últimas horas da minha vida

Por: Karina Francis

O palco independente

Frio! Tava muito frio ( especificamente 11º). Mas, quem disse que o palco independente da virada SP não ia esquentar? Alias “quente” é  a melhor palavra para definir o que aconteceu no show da banda de Goiânia Black Drawing Chalcks.
O show do começo ao fim do Black Drawing foi lindo de se ver. O ápice da apresentação foi durante a música My Favorite Way, o público levantou as mãos começou bater palmas e cantaram a música inteirinha em tom de euforia. Nesse momento a emoção não tomou conta só do público que cantava, assim que acabaram de tocar, os meninos do Black Drawing falaram que estavam emocionados, e o Victor ainda ressaltou: “Isso foi emocionante, de chorar”. Ainda nesse mesmo momento, agradeceram por estarem participando da Virada Cultural, salientando a importância que era estar presente no evento.
Depois, tocaram duas músicas novas  mas não falaram os nomes delas.
No geral, havia uma média de quatrocentas pessoas -  e acredite -  quem estava lá já conhecia a banda de outros carnavais. A sintonia do público-banda era incrível. Parecia que eles estavam fazendo um show para um grupo de amigos. Todo mundo cantava tudo, a cada música chovia aplausos que pareciam não terminar.
No fim do show lá fui eu com meu CD da banda e minha maquininha ( Ta! Parecia uma tiete, mas eu gosto mesmo deles). Estavam sem voz ( eu tbm), mas foi ótimo  e ainda tive meu CD assinado por todos ( valeu mesmo : D ). Ai me dei conta que eu era a única ( não identifica pelo crachá da prefeitura) que estava lá dentro do camarim, foi muito importante esse momento pra mim ( muito mesmo). E todos: Renato, Victor, Denis e Douglas são pessoas muito legais.

Tristeza

Infelizmente, por causa de um problema que eu tive com meus pés ( e que agora já está melhorando), eu não pude ver a apresentação que eu mais esperava: A Baba de Mumm-rá. Para quem não sabe, essa banda é do Tocantins,( local que eu morei por 5 anos) e tem como membros pessoas que considero muito, como o querido Porkão ( idealizador do Tendencies Rock festival e dono do Tendencies Music Bar). O show deles estava previsto para ás 4h10, antes disso me ocorreu esse problema ( que explico no próximo post pq a historia é longa) e tive que sair dali para tomar certas providencias que realmente não podiam esperar. Mas, o estado do Tocantins foi muito representado, pois quem já viu a Baba de Mumm-rá se apresentar sabe do que estou falando. Aproveitando o gancho, não dá para esquecer de outra banda do TO que fez bonito na virada, a Boddah Diciro que se apresentou no ano de 2008.

Estrutura:

A virada cultural apresentou mais de 1000 atrações em todos os gêneros artísticos. A grande maioria eram shows. A estrutura de alguns pontos ( ênfase para a palavra alguns”) estava muito bem preparada. No palco independente, por exemplo, havia 2 palcos, assim que uma banda termina a outra já começava no outro, isso era para que o horário fosse cumprido rigorosamente, e foi. Até o momento que presenciei, as bandas começaram e terminaram no horário previsto ( parecia cronometrado mesmo), nem dava tempo de esperar, assim que encerrava uma a gente tinha que correr para o outro palco ( que ficava na mesma rua, mas com certa distancia) porque o outro show já tinha começado. Além de organização isso mostrou um respeito pelo público, afinal ninguém gosta de esperar!
La na luz ( que foi onde o palco independente ficou), estava acontecendo um série de apresentações no mesmo lugar, andando um pouco a frente da estação era possível ver a apresentação de uma orquestra ( que devia ter umas 3000 pessoas assistindo em silêncio admiradas) lindo, lindo. Ao lado, tinha um palco gigantesco para as apresentações de dança (detalhe: era o único lugar onde a plateia assistiu sentada em cadeiras). Cheguei a assistir uma apresentação: “Baseado em fatos reais”, no folder de apresentação dizia: “Essa é uma apresentação que levanta a questão da memória do presente retratada de um certo passado” ( não entendeu? Tbm estou confusa até agora ). Olha, eu gosto muito de dança – e quem me conhece pode afirmar isso- mas, não entendi o que aquele grupo quis passar até agora. Achei estranho a maneira como eles faziam a coreografia ( mas aviso que sou leiga nesses entendimentos técnicos de dança), de qualquer modo, não foi só eu que não entendeu. No começo tava lotado.  Mas aos 30 minutos do primeiro tempo, havia uns 25% do público no local.
Policiais se viam por todos os lados, e muitas pessoas da prefeitura também estavam por lá. Mas o engraçado é que se você perguntava uma informação nenhum deles sabia responder. Em certo momento me perguntei se eles tinham noção do que estava acontecendo.

O problema

As estações de trens e metrô funcionaram durante 24h, isso porque foi bloqueado a passagens de carros e motos, assim a única opção para ir e vir era as linhas de trens e metrôs.
O maior comentário durante o evento era a apresentação do Sidney Magal ( e isso em todos os cantos da cidade, o pessoal do palco independente falava o tempo todo), tava todo mundo querendo assistir, como boa amiga ( já que meus amigos estavam indo em todos os cantos que eu queria, e estavam curiosos para ver o Sidney) lá fui eu pegar o metrô para a República ( pra quem não conhece SP, as estações de metrô ficam bem próximas, dava para ir de um ponto para o outro andando,mas com tantos assaltos acontecendo todo mundo preferiu se prevenir). Fomos, e ai começou o caos ( pelo menos pra mim) Sabe aqueles filmes em que ocorre algo catastrófico no país e todo mundo se aglomera em um único lugar para tentar se salvar? Era exatamente assim que estava o bairro da República ( que é  o centro do centro de SP) para conseguir sair da estação do metrô foi uma luta, quando finalmente chegamos na rua: o problema – tinha gente de todos os lados, mas parecia um formigueiro, juro nunca ter visto tanta gente no mesmo lugar, nem em filme. Mas o caos era porque não dava par se mexer mesmo, a gente dava um passo e ficava uma média de 5 minutos parado para dar outro. ( para quem mora em SP vou dar um exemplo melhor: sabe a estação da luz e da sé as 7h da manhã? Tava pior!) Não consigo ter noção de quantas pessoas estavam ali. Como estava numa descida, consegui enxergar no fim da rua que estava acontecendo o “Baile do Simonal e um pouco mais longe vi o palco em que o Sidney se apresentaria, mas realmente não dava para andar, acho que nem consigo explicar aquela cena.
E se você tivesse sede, fome, ou afim de uma breja, eis também o problema. Todos os bares estavam lotados,e se você resolvesse encarar a fila era bom estar com o dinheiro trocadinho, ninguém tinha troco para nada. Vale lembrar que isso era por volta de uma da madruga, nesse momento já tinha muita gente caída no chão seja por  bebida, drogas, ou sei lá o que. Como a virada começou as 18h as pessoas começaram a beber muito cedo. Eu gosto e bebo bastante, mas poxa, um evento como esse só acorre uma vez no ano, e muita gente deixou de curtir para ficar dormindo ( e sendo pisoteado) nas ruas de São Paulo. E para piorar, as pessoas caídas no chão dificultavam ainda mais a locomoção, era agonizante, se ficava muito tempo parado para conseguir dar um passo. Mas isso, consegui entender quando abri o mapinha da programação. Em uma mesma praça ( a da República) tava tendo show de hip-hop, reggae, eletrônico e muito mais. É claro que ia dar esse conflito de pessoas ( não sei porque a produção não pensou nisso). Daí ,resolvemos voltar para a luz, e a luta de conseguir entrar na estação começou novamente.

E...

Bom, ainda tenho mais coisas para contar, mas vou deixar para postar no post seguinte com mais dados que preciso coletar.
Resumindo, o que tenho certeza é que essa virada foi de recordes. Primeiro porque foi o maior investimento para um evento cultural do país: 8 milhões. Segundo porque foi a grade de programação mais extensa de todas as viradas: mais de mil atrações. Terceiro, porque foi a que teve mais propaganda: a meses a prefeitura estava trabalhando numa campanha massiva para levar todo mundo as ruas. E por fim, porque certamente teve o maior número de pessoas, ainda não tenho exatamente o número ( já estou procurando). Mas, particularmente, apesar dos problemas que tive (principalmente com meu pé) valeu a pena, valeu muito a pena.


Na foto: Victor, Eu, Douglas, Renato e Denis ( Banda: Black Drawing Chalcks após a apresentação da Virada)

Agradecimentos: Tati Nunes e Artur Guimaraes (amigos q foram comigo)
Aos seguranças que me deixaram entrar na área restrita
Ao taxista q me deixou na porta de casa por causa do meu pé

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Rockazine é destaque na imprensa do Tocantins

Saiu hoje uma entrevista que dei para a Jornalista Cecília Santos, editora do caderno de cultura do jornal O Estado. Na matéria, Cecília fala das produções jornalísticas que são realizadas por meio da internet. Para isso, foi realiza uma entrevista comigo ( falando sobre o Rockazine), com os meninos:  Ciro, Daniel e Pablo do blog matar-te ( matar-te.blogspot.com) e com Juliane Almeida do blog Macaúba. Não é porque eu to na entrevista, mas ficou bacana essa discussão.Além disso, na matéria é possível encontrar indicações de sites e blogs, que foi feita por cada um dos entrevistados.

É possível ler a matéria na internet através do link :

http://www.estadoweb.com.br/jornal/player/index.php?l=01aaeed51949ed5b0059d09fd47c4fbe

Quando a página inicial for visualizada, basta ir para o Caderno de Cultura.

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